Olá, eu sou o Lima Raphael Lima
E está postagem é sobre uma menina enxerida, e uma adaptação desta obra para o Crianças Enxeridas, estamos falando da Hilda do Luke Pearson. Nesta adaptação vamos mais precisamente falar sobre o atributo sobrevivência, e como o mesmo pode ser utilizado em sua mesa de jogo.
Os que por aqui já andam a muito tempo, conhecem o Crianças Enxeridas RPG e a sua evolução desde que o mesmo estava nas mesas de sábado a noite com a minha filhota Marianna, viram o mesmo se tornar um minijogo e posteriormente o surgimento de sua 1ª Edição. As possibilidades de uso do atributo sobrevivência apresentado neste artigo, surgiu da mesa de Hilda jogada com a minha filhota nas noites de sábado deste verão.
Mas o que aqui estão pela primeira vez, não se desesperem, nós também pensamos em vocês, e por isso vou fazer uma apresentação do jogo.
Os que por aqui já andam a muito tempo, conhecem o Crianças Enxeridas RPG e a sua evolução desde que o mesmo estava nas mesas de sábado a noite com a minha filhota Marianna, viram o mesmo se tornar um minijogo e posteriormente o surgimento de sua 1ª Edição. As possibilidades de uso do atributo sobrevivência apresentado neste artigo, surgiu da mesa de Hilda jogada com a minha filhota nas noites de sábado deste verão.
Mas o que aqui estão pela primeira vez, não se desesperem, nós também pensamos em vocês, e por isso vou fazer uma apresentação do jogo.
CRIANÇAS ENXERIDAS RPG 1ª EDIÇÃO
A maioria das pessoas em sua infância acompanharam desenhos animados onde um grupo de crianças investiga fatos misteriosos em seu bairro ou cidade, e em muitas dessas crianças, havia o imaginário popular do seu bairro, as lendas que os adultos contavam para manter as crianças longe de alguns locais, nos quais elas não deviam ir, e nem sobre coisas que elas deviam saber. Mas muitos de nós somos Crianças Enxeridas e decidimos investigar essas lendas e viver grandes aventuras. Essa temática não está presa a apenas um grupo ou época, pois são vários desenhos animados que podemos citar ao longo dos últimos trinta ou quarenta anos, tais como Scooby-doo, Hilda, Gravity Falls e porque não Stranger Things?
Crianças Enxeridas é um jogo de autoria do coletivo do Mundos Colidem desenvolvido para ser jogado com crianças, e nasceu das sessões de RPG no sábado a noite com a minha filhota Marianna, e com a proposta de abordar de forma simples a temática das referências acima, mas o jogo ganhou jogadores de todas as idades e locais, tanto que o mesmo em sua versão minijogo já está disponível em inglês, francês, espanhol e italiano no Drive Thru RPG. A versão em português do minijogo vocês podem encontrar gratuitamente no Bazar Verde, acompanhado de muitos materiais de suporte: aventuras (A Lenda do Alma de Gato, Horror em Sanhauá e A Ilha do Sapo Rei) e ficha de personagens.
Sistema
O Crianças Enxeridas (CE) usa um sistema de regras desenvolvido pelo Mundos Colidem carinhosamente apelidado de Lima System, o mesmo dá vida aos minijogos do coletivo que podem ser encontrados no Drive Thru RPG e no Dungeonist no modo Pague o Quanto Quiser. No CE o sistema funciona com o uso de dois dados de vinte lados (2d20), os jogadores podem escolher entre quatro arquétipos para os seus personagens: Esportista, Nerd, Líder e o Café com Leite. Cada personagem possui cinco atributos: Corpo, Mente, Carisma, Sobrevivência e Curiosidade, onde os jogadores devem distribuir vinte e cinco pontos, podendo ter cada atributo um valor máximo de treze pontos. No CE o narrador não rola dados, os jogadores devem superar as dificuldade rolando o dado somando o resultado com o seu atributo, e superando a dificuldade fixa de quinze.
A 1ª Edição
A 1ª Edição
A primeira edição do Crianças Enxeridas contém o mesmo conteúdo de regras do minijogo, mas com o acréscimo de um capítulo voltado para a explicação de O que é RPG? e um outro para orientar como narrar as suas histórias usando as regras do Crianças Enxeridas. Essa edição ilustrada por Leander Moura e diagramada de Petras Furtado, ambos participantes da produção da primeira edição do Crianças Enxeridas. E tem com a proposta de ser um livro didático voltado para iniciantes e contém 50 páginas, em uma diagramação nostálgica lembrando um caderno escolar, ideal para fazer anotações nas bordas e colar adesivos.
JOGANDO HILDA
Hilda é uma animação britânica-canadense baseada em uma HQ de mesmo nome criada por Luke Pearson (que trabalhou na equipe de Hora da Aventura), lançado no Brasil em 2017 pela Quadrinhos na Cia. A animação produzida pela Silvergate Media e Mercury Filmworks e exclusivo da Netflix. A série conta a história da aventureira Hilda, uma garota de cabelos azuis que, com seu corsa-raposa chamado Twig (na tradução ficou Túlio), viajam de sua casa em um vasto deserto mágico cheio de elfos e gigantes, para a agitada cidade de Trolburgo, onde ela encontra novos amigos e criaturas misteriosas.
A primeira temporada saiu em 2018 com 13 episódios, onde apresenta várias histórias envolvendo criaturas mágicas da mitologia européia, onde Hilda e seus amigos Frida e David fazem missões para o grupo de escoteiros pardais. Durante suas aventuras encontram várias criaturas mágicas como O Grande Corvo (Pássaro Trovão) Homem de Madeira, Rei Rato, Espíritos Elementais, Dragões, Elfos e Gigantes. A segunda temporada foi lançada em 2020. Em 2019, Hilda ganhou o prêmio BAFTA de Animação.
Usando os pontos de sobrevivência
Durante as sessões de verão, onde o objetivo da aventura era que os escoteiros pardais descobrissem porque todas as pessoas de Trollburgo estavam agindo como zumbis. O atributo sobrevivência foi essencial no desenrolar da trama, pois foi usado para abrir portas, encontrar escadas naturais e usar elementos do cenário para poder escapar do Espírito do Pesadelo. Na aventura, o antagonista, havia roubado a memória de todos os cidadãos e trancado dentro de um baú com correntes para impedir que fosse aberto. Nesta aventura os escoteiros pardais tiveram que contar segredos para o Rei Rato em troca de descobrir onde as memórias estavam escondidas. Sim, a Mari joga com os quatro personagens ao mesmo tempo, e tem horas que ela começa um diálogo entre eles e me diz: vai papai, você agora é a Frida.
Com base na experiência desta aventura, pensei em escrever esse apontamentos sobre o uso deste atributo no Crianças Enxeridas. Sobrevivência é um dos atributos do sistema usando no cenário, pois com os pontos desse atributo os personagens são capazes de fazer intervenções na história:
“O atributo Sobrevivência é a capacidade do jogador de mudar a história. Cada ponto de Sobrevivência gasto durante o jogo permite refazer uma rolagem ou acrescentar algo na história (uma pista por exemplo). Os pontos de Sobrevivência são renovados na próxima sessão de jogo”.
Crianças Enxeridas RPG 1ª edição, pág. 22.
Os pontos de sobrevivência, além de serem usados para re-rolagem em caso de resultados não satisfatórios para o jogador, eles também podem ser usado para acrescentar algo à história, e é esse acrescentar algo a história que vamos abordar.
Uma pista: os jogadores podem durante uma investigação, gastar um ponto de sobrevivência para solicitar ao narrador mais pistas sobre algo que está sendo investigado. Inclusive sobre armadilhas, passagens secretas e mais coisas que possam está no local.
Exemplo: Hilda está procurando a foto da família que o fantasma pediu para deixar de assombrar Trollburgo. Olhou a casa inteira e não encontrou, então a jogadora decide gastar um ponto de sobrevivência para solicitar uma pista ao narrador. O narrador diz: “você observa que há um livro de cabeça para baixo na prateleira empoeirada”. Quando a personagem puxa o livro: “clic”. Uma passagem secreta se abre na sala.
Equipamento: os jogadores podem durante uma ação gastar um ponto de sobrevivência para para afirmar que o personagem tem um equipamento que seja coerente com o arquétipo do seu personagem, e seja algo de fácil acesso.
Exemplo: o grupo está perdido na floresta, não consegue encontrar a direção para retornar a Trollburgo. Então a jogadora de Frida, decide gastar um ponto de sobrevivência e declarar que tem uma bússola. Como ela é uma escoteira pardal, e tem o arquétipo líder, ela pode sim ter facilmente uma bússola na sua mochila.
Elemento de cena: os jogadores também pode inserir elementos narrativos durante uma cena gastando um ponto de sobrevivência.
Exemplo: os escoteiros pardais estão presos em uma caverna, e um troll enfurecido vem pelo corredor na caça dos personagens. Então o jogador do David, decide gastar um ponto de sobrevivência para “colocar” ou “inserir” (como vocês acharem melhor), uma abertura no teto que pode servir como saída: “Vejam tem uma saída no teto da caverna!”. Mas como eles vão escalar? A jogadora da Hilda gasta um ponto de sobrevivência para inserir umas pedras salientes na parede da caverna, que podem servir como uma escada natural para uma escalada.
Manter a ação: os jogadores podem gastar um ponto de sobrevivência para manter o status conseguido com uma rolagem em uma ação anterior.
Exemplo: o jogador de David está fugindo do Espírito do Pesadelo dentro da escola, então ele declara que vai tentar se esconder, descreve como vai tentar se esconder, faz uma rolagem com o atributo apropriado para a ação e consegue. Mas o espírito sente a presença de David e decide continuar procurando. O jogador decide que não vai sair do local, e vai gastar um ponto de sobrevivência para se manter escondido ao invés de ficar fazendo rolagens.
Ganchos de Aventuras
Ganchos são ótimos para começar uma aventura, então segue uma tabelinha com quatro possibilidades de aventuras, junto com as fichas dos personagens Hilda, Frida, Alfur e David.
Crianças Enxeridas tem a proposta de ser um RPG simples, para ser jogado com Crianças ou em jogos para introdução de novos jogadores no RPG. Onde posso saber mais sobre o Crianças Enxeridas? Tem um episódio no Café com Dungeon sobre o Crianças Enxeridas que vale a pena ouvir e uma playlist no youtube só com sessões do Crianças Enxeridas.
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