Em um RPG de mesa, você e seus amigos criam uma história juntos sobre um grupo de amigos que participam de aventuras. Cada um dos seus amigos que vão jogar com você cria um personagem para interpretar na história. É meio como um teatro imaginário, mas não existe um texto escrito com o que vocês devem dizer ou fazer, tudo é inventado na hora, e essa é a graça do jogo.
Mas é importante lembrar que o jogador é quem decide o que o personagem vai fazer na história, só que é preciso respeitar as regras, ou então a brincadeira não diverte todo mundo — jogar sem regras é muito sem graça, já tentou jogar dominó com cada um inventando uma regra diferente? Com RPG é a mesma coisa. Assim como na vida real, e em todos os outros jogos, no RPG também existem regras que devem ser respeitadas. E para deixar as coisas mais divertidas, o RPG usa dados para adicionar um pouco de incerteza aos resultados das ações.
“Sempre que você for fazer uma ação que não tenha certeza se o seu personagem vai conseguir ou não, role os dados para decidir. O seu personagem vai subir em uma árvore, mas ele não tem habilidade suficiente para isso, role os dados. Se o seu personagem vai tentar convencer um adulto a participar de uma brincadeira, mas você não tem muita certeza se vai conseguir? Role os dados.”
RPGs podem lembrar um pouco alguns videogames (também chamados de RPG), mas ao invés da história e finais estarem prontos, como nos videogames, o RPG permite que você e os seus amigos escolham o final da história.
Em uma sessão de RPG um dos jogadores assume o papel do Mestre (Narrador, Contador de histórias, Anfitrião e mais outros nomes), pode chamar como quiser, mas nesse livro vamos chamar de Narrador. Ele tem a tarefa de contar ajudar a levar a história, descrever o mundo ao redor dos personagens, criar os conflitos e o drama que eles irão enfrentar e resolver questões de regras, além de interpretar os Personagens do Narrador (PdN), que interagem com os Personagens dos Jogadores (PJ).
Os personagens jogadores são os protagonistas da história, não importa que digam o contrário, vocês são os personagens principais das aventuras.
O que você precisa para jogar?
Para jogar RPG usando as regras do Crianças Enxeridas, você precisará de alguns amigos e de um lugar onde jogar, de preferência em um local seguro com adultos que possam garantir a segurança e os lanches. Consiga alguns lápis, papéis em branco para fazer anotações, cópias das fichas de personagens que estão no fim desse livro, e pelo menos dois dados de vinte lados ou como é dito popularmente 2d20. Você também vai precisar de tempo, pois uma sessão de jogo pode durar em média de 2 a 4 horas.
Jogadores, Personagens e Narrador
Antes de começar a sessão, o grupo deve escolher um membro para ser o Narrador, e os demais serão os jogadores que criaram os seus personagens. O Narrador é responsável por contar a história, criar as dificuldades para os jogadores e fazer com que todos sigam as regras, inclusive ele. O Narrador deve ler todo o livro e ter conhecimento das regras para ajudar os jogadores a construir as suas fichas. Os jogadores devem reagir às dificuldades colocadas pelo Narrador, usando as habilidades da sua ficha de personagem.
Tema e Tom
Crianças Enxeridas é um jogo de investigação infantil com a proposta de simular cenários baseados em obras como Stranger Things, Scooby-doo e Hilda, do Luke Pearson. Este jogo aborda coisas estranhas que ocorrem em todos os lugares e que embora sejam negligenciadas pelos olhos descrentes dos adultos, não escapam aos olhos perspicazes das crianças, capazes de perceber os fatos estranhos na nossa realidade. Resta aos pequenos enxeridos, com seus olhos astutos, a coragem para investigar esta realidade mágica e inacreditável para os adultos.
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